terça-feira, 30 de novembro de 2010

PREZADOS LEITORES, BOM DIA!

"NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS
APENAS PELO QUE FAZEMOS,
MAS TAMBÉM PELO QUE DEIXAMOS DE FAZER"
(Molière)

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PERNANBUCO - SUBSÍDIO - SOLDADO - R$ 3.500,00.

BLOG NO Q.A.P
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
ASSOCIAÇÕES MILITARES DE PERNAMBUCO ENTREGAM CARTA DE INTENÇÕES AO GOVERNO
Recife, 04 de novembro de 2010
Da: Comissão das entidades representativas de policiais e bombeiros militares
Ao: Governo do Estado
Att. Comando Geral da Polícia Militar
As entidades representativas de policiais e bombeiros militares abaixo relacionadas formaram uma comissão de estudos sobre os salários dos policiais e bombeiros militares. Conforme entendimento desta comissão em reunião realizada no dia 03/11, segue em anexo proposta de aumento salarial, contemplando de maneira satisfatória, do Soldado ao Coronel.
A comissão votou pela implantação do subsídio para repor as perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos oito anos, bem como contemplar tanto Ativos quanto Inativos e pensionistas, proporcionando uma segurança jurídica estável. Importante frisar que o resultado desta tabela teve como base o piso salarial da PEC 300, ou seja, o valor de R$ 3.500,00 para o soldado, escalonando os demais valores proporcionalmente.
Lembramos que tudo o que discutimos tem como parâmetro os anseios da tropa, cuja expectativa é que a tabela venha a vigorar a partir de janeiro de 2011.
Sem mais para o momento, nos colocamos à disposição para esclarecimentos,
ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DOS CABOS E SOLDADOS (ACS – PE)
ASSOCIAÇÃO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DE PERNAMBUCO (ASSPE)
ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES ESTADUAIS DE PERNAMBUCO (AME – PE)
UNIÃO DOS MILITARES DO BRASIL (UMB)
FORÇA ÚNICA
PROPOSTA DE AUMENTO SALARIAL 2011
ANEXO ÚNICO
POSTO/ GRADUAÇÃO SUBISÍDIO VALOR
CORONEL 15.765,77 - 100,0
TEN CORONEL 13.731,99 - 87,1
MAJOR 12.092,35 - 76,7
CAPITÃO 10.988,74 - 69,7
1º TEN 9.159,91 - 58,1
2º TEN 8.324,33 - 52,8
ASPIRANTE 7.567,57 - 48,0
AL OF 3º ANO 3.074,33 - 19,5
AL OF 1º E 2º ANO 2.333,33 - 14.8
SUBTENENTE 7.488,74 - 47,5
1º SARGENTO 6.653,15 - 42,2
2º SARGENTO 5.833,33 - 37,0
3º SARGENTO 4.997,75 - 31,7
CABO 4.430,18 - 28,1
SOLDADO 3.500,00 - 22,2
Fonte: blogdogezi
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: VALE A PENA LER.

Guerra do Rio – A farsa e a geopolítica do crime
26/11/2010
Por José Cláudio Souza Alves - do Rio de Janeiro
"Qual é a atual política de segurança do Rio de Janeiro que convive com milicianos, facções criminosas hegemônicas e área pacificadas que permanecem operando o crime?" (leia)
Quem não leu, leia o artigo onde está pergunta está contida. Quem já leu, ler novamente é uma boa ideia, pois o tempo está passando e as nuvens da imprensa começam a se dissipar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

É O CÚMULO! JORNAL DE SÃO PAULO DIVULGA A FAIXA DA PEC 300 QUE COLOCAMOS NO QG DA GUERRA DO RIO E OS JORNAIS DO RIO SE OMITEM!

Caro leitor, este artigo precisa ser longo.
Eu já escrevi diversas que tenho vários amigos na mídia, excelentes profissionais que conheci quando exerci as funções de Chefe da 1a DPJM e de Corregedor Interno. Eles e elas sempre respeitaram os meus posionamentos no sentido do que eu podia comentar e o que não podia, enquanto isso eu compreendia que o trabalho deles dependia de informações.
Em um segundo momento, ao longo da mobilização dos Coronéis Barbonos e dos 40 da Evaristo, o meu contato com eles aumentou e eu aprendi que existe uma distância muito grande entre a entrevista que você concede e o que sai nos jornais, nas rádios e nas telas de TV. Ao longo da mobilização eu e outros mobilizados concedemos longas entrevistas que nunca foram veiculadas, isso não por culpa dos repórteres, que perdiam horas e horas no curso das reuniões na AME/RJ, mas pela "turma das editorias".
O ápice desta verdade todos nós vivenciamos na Primeira Marcha dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares, em protesto contra o descumprimento das promessas feitas por Sérgio Cabral, realizada no dia 27 de janeiro do 2008. Naquele domingo, toda mídia esteve presente. Cedemos local para filmagem no alto do carro de som, pois passaria no Fantástico, da Rede Globo, já que era o acontecimento mais relevante do dia em todo país, um fato inédito no Brasil. Cerca de 2.000 mil PMs (mais de quinze Coronéis da ativa) e BMs caminharam na Orla da Zona Sul, parando na esquina do prédio onde reside o governador. Era o dia do aniversário de Cabral, pelo que recordo. A caminhada teve banda de músicos e uma série de bandeiras do Brasil, o hino nacional foi cantado, assim como, a canção do PM e o hino do herói do fogo. Um ato cívico-democrático. O povo aplaudiu. Um fato histórico.
Algumas emissoras e alguns jornais divulgaram o fato, mas no Fantástico nem um segundo.
Todos fomos exonerados, Ubiratan perdeu o Comando Geral.
As revistas semanais da semana seguinte nos chamaram de insubordinados e amotinados.
Uma vergonha para as próprias revistas, que demonstraram que desconheciam por completo a constituição federal e o código penal militar.
Vivenciei de novo o fato de parte da mídia fluminense ser pautada, na propaganda das UPPs. A mídia fez propaganda do governo estadual o tempo todo e nunca deu uma linha sobre as mazelas das UPPs e só começaram a falar (moderadamente) que as UPPs apenas transferiam os traficantes (não prendiam), após as eleições e quando os fuzis começaram a ser colocados na cara do povo nas ruas.
Os PMs que trabalham nas UPPs e que tem vários direitos desrespeitados, custaram para conseguir uma mei dúzia de linhas sobre esses fatos. Hoje, por exemplo, foi inaugurada uma UPP que não tem água potável para os PMs beberem. Procure algo sobre isso nos jornais de amanhã.
Na Guerra do Rio, mais uma vez, a mídia fluminense mostrou que tem lado. Durante dois dias colocamos faixas, distribuimos panfletos e usamos as camisas da PEC 300, ao lado dos órgãos da mídia fluminense e nada, nenhuma linha.
Um dos repórteres presentes ainda falou que briga da PEC é em Brasília e não no Rio.
Precisou um jornal de São Paulo para noticiar o fato.
Aliás, também já está pegando mal demais para a mídia fluminense, o fato de que as denúncias contra o governo do Rio surgirem, via de regra, através da mídia paulista.
Parte da mídia do Rio segue pautada, inclusive o maior crítico da desastrada operação de invasão e ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo Alemão, nas quais permitiram a FUGA DE CENTENAS de envolvidos com o tráfico de drogas - ao que tudo indica - é o jornalista Reinaldo Azevedo.
O nosso agradecimento ao Estadão.
"JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO.
Polícia reforça ofensiva salarial após ações no Rio
Corporação pressiona pela aprovação da emenda constitucional que cria o piso nacional para a categoria; futuro governo teme impacto fiscal
29 de novembro de 2010
Rodrigo Burgarelli / RIO - O Estado de S.Paulo
Embalados pela repercussão positiva das operações de ocupação na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, no Rio, os policiais cariocas prometem aumentar a pressão para a aprovação da proposta de emenda constitucional 300 (PEC 300), que cria o piso nacional para a categoria.
A faixa, pendurada bem ao lado do quartel-general das forças que atuam na ocupação no complexo de favelas na zona norte do Rio, denuncia: "R$ 30 por dia: valor da vida de um policial e de um bombeiro no Rio de Janeiro." Bem ao lado, a inscrição "PEC 300/2008" mostra que, após o sucesso da invasão do Complexo do Alemão, o momento é adequado para as reivindicações. "Agora temos o apoio de toda a população. Ir contra a PEC é ir contra todo mundo que apoia a Polícia do Rio", explicou um policial militar que não quis se identificar com medo de represálias.
Policiais que participavam das operações no Alemão reclamavam das condições de trabalho e do salário. "É mentira isso que estão falando, que policiais se apresentaram voluntariamente para ajudar. Foi ordem direta. Agora, estamos trabalhando extra, sem ganhar nada a mais por isso, e com um salário mal pago", disse outro PM, que pediu anonimato.
Apoio. Moradores da Penha que assistiam à movimentação das tropas concordaram. "Os policiais estão mostrando o valor deles, que não corresponde com o que eles ganham", afirmou o diretor administrativo Elias Matias, de 44 anos.
Para o presidente da Associação dos Ativos e Inativos da Polícia e Bombeiros Militares (Assinap), Miguel Cordeiro, a polícia fluminense é a mais mal paga do Brasil. "Hoje, um policial no Rio tem vergonha de falar que é policial, o salário é ridículo", disse. "Se nossos policiais ganhassem bem, toda a população sairia ganhando", acrescentou.
Atualmente, um policial militar em começo de carreira no Rio ganha cerca de R$ 900 por mês. Caso a PEC seja aprovada, o piso poderia passar para R$ 3,5 mil (quase quatro vezes mais), enquanto o governo federal não fizesse um projeto de lei com um valor definitivo para o piso. Grande parte do financiamento viria dos cofres federais – segundo cálculo do Ministério do Planejamento, o impacto no orçamento seria por volta de R$ 46 bilhões.
Por isso, a aprovação da PEC está emperrada desde 2008, quando foi proposta. Houve pressão para que ela fosse aprovada antes das eleições – a Câmara chegou a aprovar o projeto em primeiro turno, mas ele ainda não voltou à pauta por falta de acordo. O atual e futuro ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou ser contra a aprovação da proposta. 2011, para ele, é ano de contenção fiscal".
VIVA A LIBERDADE DE IMPRENSA!
VIVA A IMPRENSA LIVRE.
JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

SÓ NOS RESTA TORCER PARA QUE AS ACUSAÇÕES SEJAM INFUNDADAS.

BLOG PAUTA DO DIA
ROBERTA TRINDADE
Caveirão pode ter sido usado em fuga de chefões do CV
A Corregedoria da Polícia Militar está investigando os policiais lotados no 16º BPM (Olaria) que estavam de serviço no blindado da unidade – popularmente conhecido como “caveirão” – no último domingo. Do início da noite do dia 28 de novembro até às 5h da manhã do dia seguinte, o veículo foi flagrado realizando viagens do Complexo do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio, até o Morro do Chapadão, na Pavuna, também na Zona Norte.
Como os PMs não tinham autorização para percorrer esse trajeto e as viagens foram feitas de forma consecutiva, há a desconfiança de que eles estivessem transportando criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) que controlam a venda de drogas na região para o morro vizinho, que pertence à mesma facção.
Caso seja comprovado que eles auxiliaram na fuga de bandidos, como os dois traficantes mais procurados atualmente no Estado do Rio - Fabiano Atanásio da Silva, o FB, 33 anos, e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, 31 – todos podem ser expulsos da corporação.
Esta não é a única investigação contra policiais envolvidos na megaoperação que tem sido realizada no Complexo do Alemão – que possui acessos pelos bairros Penha, Bonsucesso, Ramos, Olaria e Inhaúma e é composto pelos morros do Alemão, da Baiana, do Adeus e dos Mineiros e pelas favelas Vila Cruzeiro, Alvorada, Matinha, Nova Brasília, Pedra do Sapo, Palmeiras, Fazendinha, Grota, Chatuba, Areal e Chuveirinho.
Além de facilitação de fuga, há denúncias – não só contra PMs, mas também contra policiais civis e até mesmo federais – de que muitos estariam saqueando casas de traficantes e também de trabalhadores que moram na região.
“O Complexo do Alemão está sendo chamado de “Serra Pelada”. Tem colega pegando até porta de alumínio de imóvel. Na casa do traficante Gão, tentaram carregar uma televisão de LCD. A maioria de nós se envergonha dessas cenas”, revelou um policial que pediu para não ter sua identidade publicada.
A assessoria da PM informou que foi instalado um posto da Corregedoria da corporação na sede do 16º BPM, que fica no número 769 da Rua Paranapanema, em Olaria, para registrar todas as denúncias. Ainda segundo a PM, todas as informações serão apuradas com rigor.
“Informamos também que a PM não coaduna com nenhum tipo de desvio de conduta”,ressalta a nota.
O coronel Ronaldo Menezes, corregedor geral da PMERJ, revelou que, de sexta-feira, dia 26 de novembro, até a noite desta segunda-feira, dia 29, 13 denúncias.
"As denúncias envolvem não só integrantes da Polícia Militar, mas também de outras instituições", declarou o oficial, que também contou que todas as reclamações estão sendo verificadas.
"Haverá instauração de Inquérito Policial Militar (IPM) caso seja constatado algum crime", garantiu, disponbilizando também o e-mail denuncia@cintpm.rj.gov.br.
Já a Secretaria de Estado de Segurança Pública garantiu que a Corregedoria Geral Unificada foi acionada e que há equipes checando denúncias na região. Além disso, a Ouvidoria de Polícia está se mobilizando para criar um núcleo de atendimento à população no Complexo do Alemão.
“Casos mais graves que sejam confirmados serão tratados pelo secretário Beltrame junto ao comandante geral da PM e ao chefe de Polícia Civil”, diz a Secretaria de Segurança Pública.
Quem preferir ligar diretamente para a Ouvidoria das Polícias pode usar os telefones: 3399-1199 ou 2242-5355. O Disque-Denúncia também está recebendo e repassando as informações para os órgãos responsáveis. O número é 2253-1177 e não é preciso se identificar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: ERRO NO PLANEJAMENTO.


Alguns artigos atrás eu comentei que existia um erro primário no planejamento na Guerra do Rio, sobretudo no tocante ao cerco à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão, agora presto contas, considerando que a mídia já está divulgando alguns fatos.
As instituições policiais brasileiras, como todas as instituições no Brasil, possuem a banda boa - os HERÓIS - e a banda podre. Infelizmente, no Rio de Janeiro as bandas podres policiais são muito fortes, como a mídia já publicou em incontáveis matérias e prosperam diante da precariedade dos controle interno e externo.
Tal situação é uma realidade, alguém contesta?
O governo do Rio conhece tal verdade, assim sendo, como deixar uma comunidade com milhares de casas, muitas delas sem os seus moradores, à disposição das ações das bandas podres?
Tal facilitação, certamente, proporcionou várias apropriações.
A primeira preocupação deve ser preservar os direitos dos Policiais Militares e dos Policiais Civis que forem acusados, tendo em vista que a presunção de inocência é um direito de todos nós.
A segunda, apurar cada denúncia para resguardar o sacrifício dos heróis, a banda boa.
A terceira, começar a agir na direção de depurar as polícias do Rio de Janeiro, levando a sério o controle interno e fortalecendo as Corregedorias Internas, isso não é só urgente, isso é absolutamente indispensável.
Conheça um pouco sobre o tema: "Banda Podre - A Máfia das Polícias (acesse).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

NOSSO BLOG: BINGO! CAIU PARA CIMA

O nosso blog publicou que o atual secretário de saúde Sérgio Côrtes poderia cair para cima, como explicamos na época.
Bingo!
O governador Sérgio Cabral anunciou na inauguração da UPP do Morro dos Macacos, segundo o RJ TV - 2a edição, que Sérgio Côrtes será o próximo Ministro da Saúde.
Se a memória não está me pregando peças, existem duas investigações em desfavor da Secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, uma relativa à problemas na manutenção de viaturas e outra relativa à problemas na compra de remédios.
Vida que segue.
Pátria amada Brasil...
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

NOSSO BLOG - ENQUETE - RESULTADO PARCIAL.

Cidadão, você acha que não tentando prender os traficantes que fugiam das comunidades da Zona Sul para implantar as UPPs, o governo transferiu a guerra para a Zona Norte?
SIM = 84%
Participe e divulgue.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

A INAUGURAÇÃO DA UPP DO MORRO DOS MACACOS, O SOFRIMENTO DOS PMs E A PEC 300.


Hoje o governo do Rio de Janeiro inaugurou a 13a Unidade de Polícia Pacificadora (Morro dos Macacos) com as mesmas precariedades existentes nas outras.
O Morro dos Macacos foi de onde partiram os tiros efetuados pelos traficantes de drogas, que atingiram o helicóptero da PMERJ, que por não ter a blindagem adequada, incendiou-se e teve que fazer um pouso forçado. No fato morreram três PMs que não estavam usando o uniforme anti-chamas, que não foi fornecido pelo governo do Rio de Janeiro.
A seguir relaciono alguns problemas enfrentados pelos PMs que nas UPPs:
- Policias Militares que fizeram concurso para servirem nos municípios do Interior, conforme edital do concurso, contra vontade estão obrigados a permanecerem nas UPPs da Capital. Alguns gastam mais de seis horas no deslocamento entre a casa e o quartel.
- Alguns recebem a gratificação paga pela Prefeitura de R$ 500,00, outros não recebem;
- Alguns recebem o RioCard, outros não.
- Alguns possuem armários no batalhão da área onde está situada a UPP, outros não. São obrigados a levar todos os fardamentos e equipamentos em mochilas, quando se deslocam no trajeto casa-quartel-casa, correndo sérios riscos de serem identificados como PMs em caso de serem vítimas de um assalto.
- Embora o serviço seja o mesmo em todas as UPPs, as escalas são diferentes de uma para outra, o que faz com que alguns trabalhem mais e tenham menos folgas.
- A UPP do Morro dos Macacos, inaugurado hoje, não possui armários e nem água potável para os PMs beberem. Eles precisam comprar água ou pedir na comunidade.
- Os que conseguem comprar arma pessoal, um grupo pequeno pois o salário é famélico, não podem usar, pois não conseguem regularizar o CRAF. Alguns estão há meses esperando a regularização.
Em síntese as UPPs são excelentes para as comunidades assistidas, ruins para as outras comunidades, pois apenas transferem os traficantes de drogas e péssimas para os Policiais Militares que trabalham nelas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PEC 300 - APELO AOS MORADORES DO CONJUNTO DE OLARIA.

Policiais Militares e Bombeiros Militares de praticamente todo Brasil estão mobilizados na luta pela aprovação da PEC 300, a justiça salarial para todos nós e também para os policiais civis, que ainda estão desmobilizados.
Uma tragédia na cidade do Rio de Janeiro, onde a insegurança pública é desesperadora, causou uma coincidência que favorece a nossa luta.
O Quartel General da Guerra do Rio, onde todos os órgãos da mídia estão presentes, funciona no 16o BPM, quartel cercado por conjuntos nos quais residem Policiais Militares, pensionistas e familiares. São milhares de pessoas que enfrentam todas as dificuldades geradas pelos baixos salários recebidos pelos Policiais Militares, que podem participar da luta pela PEC 300 de forma muito importante e ao lado de suas residências, sem nenhum custo.
Por favor, nos ajudem na luta que também é de vocês.
Se organizem e realizem atos pacíficos e ordeiros, diariamente, nas proximidades da mídia, sem atrapalhar o trabalho dos profissionais de imprensa. A própria presença de vocês com cartazes da PEC 300 será mais que suficiente para que a mídia se veja forçada a noticiar. Vocês são milhares, basta um pouco de organização.
Conversem as suas mazelas com os repórteres, falem de todos os seus problemas decorrentes da falta de dinheiro, abram o coração, sem desordem, tudo em paz e organizadamente.
É a hora de vocês.
Não existe desculpa, basta sair de casa para participar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: O INVESTIGADOR BESTIAL.

A arte de investigar é fascinante, mas extremamente difícil, pois requer ISENÇÃO, algo que o ser humano tem muita dificuldade de exercitar.
De forma isenta, partir dos fatos concretos (quando existem), reunir indícios, formular hipóteses, testá-las, buscar provas técnicas, documentais e testemunhais, para por fim, recriar os fatos (conclusão), esse é o roteiro sintético de uma investigação.
Ao longo da minha na Polícia Civil, algumas vezes encontrei na Corporação e na Polícia Civil, a figura do investigador não isento, que denominei no título como “o investigador bestial”.
Ele destrói por completo qualquer investigação, pois se considera um gênio e logo nos primeiros momentos, na posse de alguns indícios iniciais, ele formula a sua conclusão, que deveria ser uma das hipóteses e resolve a investigação de pronto e, não raro, anuncia através da mídia o resultado, sob a luz dos holofotes.
Como você já concluiu, a mídia tem um papel preponderante na ação do bestial e nas conseqüências da sua falta de isenção, tendo em vista que a imprensa acaba criando uma verdade na formação da opinião, uma verdade inventada prematuramente que pode ser a mais absoluta mentira.
Feito isso, o bestial destruiu por completo o processo investigativo, pois a partir deste momento ele sai alucinadamente em busca de provas que confirmem a sua conclusão precipitada. Ele subverte a ordem natural da investigação, conclui e vai buscar as provas para confirmar a sua conclusão.
Prezado cidadão, o bestial não é raro.
Ele é cruel na sua bestialidade pois pode condenar inocentes e nem se aproximar da verdade dos fatos.
A banda podre das polícias usa dolosamente esta estratégia em investigações que o investigador bestial emprega culposamente, via de regra, no exercício da vaidade.
Não citarei neste artigo fatos antigos, vou desenvolver uma investigação bestial para que possa contribuir para você conhecer esse inimigo de todos nós, pois qualquer um de nós pode ser vítima do bestial.
Observe:
- Circulam há muito tempo no Rio comentários que dão conta que existe um “acordo” entre o governo e os traficantes do Alemão para que as obras do PAC pudessem ser realizadas no Complexo.
- O fato das Polícias Militar e Civil não realizarem operações no Complexo do Alemão no período da realização das obras, favorecem os comentários anteriores.
- O governo do Rio tem repetido exaustivamente que o objetivo na área da segurança pública é retomar os territórios dominados pelos traficantes, sendo isto mais importante que prisões e apreensões.
- O fato de que em todas as ocupações a maioria dos traficantes foge robustece que prendê-los não é a missão principal.
Até aqui não existe novidade para você, agora vamos introduzir um dado recente no processo:
- O governo anunciou que 600 traficantes estariam no Complexo.
- Nem 10% foram presos.
Agora vamos começar uma investigação bestial para descobrir como um grande número de traficantes (não a totalidade dos não presos, pois muitos ainda devem estar no Complexo) conseguiram escapar do cerco das Forças Armadas, das Polícias Militar, Civil e Federal?
Surge um comentário no sentido de que a banda podre das polícias facilitou a fuga.
Quem sabe?
Outro comentário surge no sentido de que as galerias de esgoto construídas nas Obras do PAC possuem uma altura que permitem a saída dos traficantes, a mídia constata e reproduz este fato concreto.
Pronto, o investigador bestial soluciona a fuga.
Ele pega todos estes indícios, coloca no seu liquidificador cerebral e serve para todos:
- O governo do Rio, quando fez o acordo com os traficantes de drogas do Complexo do Alemão para que eles permitissem a realização das obras, por sua vez, permitiu a construção de uma rede de esgoto que permitisse a fuga dos traficantes, caso as polícias invadissem o Complexo, pois não tem como objetivo principal prende-los e sim, retomar o território para instalar as famosas UPPs. A fuga foi pelas galerias, ponto final.
Se as nossas ilações fossem no mundo real, os engenheiros das obras do PAC estariam com um pé na cadeia, pois o investigador bestial, logo em seguida, estaria pedindo em juízo a prisão preventiva deles.
Prezado cidadão, tente ser isento nas suas avaliações, não seja bestial.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

NOVOS SEGUIDORES – NOSSOS AGRADECIMENTOS.

- Thayná;
- Salve Geral;
- Anna Flávia Schmitt;
- Denis Santos; e
- Severino Bittencourt.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: RESULTADOS POSITIVOS.

No intuito de preservar a integridade das minhas orelhas, destaco que a diminuição dos ataques que estavam sendo realizados na cidade do Rio de Janeiro é um aspecto positivo, logo após a invasão e a ocupação do Complexo do Alemão. Infelizmente, eles parecem ter se deslocado para outros municípios.
Neste primeiro momento, os aspectos positivos que podem ser comemorados, além da sensação de segurança da população do Complexo e do citado anteriormente, são a prisão de traficantes, a apreensão de armas e de drogas, fatores sempre muito importante, pois preservam vidas e quanto maiores forem os números, mais relevante a vitória.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PREZADOS LEITORES, BOM DIA!

“(...) Mas também é fora de questão que as UPPs não são uma panaceia. É ilusão imaginar que a instalação dessas unidades policiais permanentes por si só livrará a cidade do flagelo decorrente da ação do crime organizado. (...)”
(Nossa Opinião – Tráfico asfixiado – O Globo – 30 NOV 2010)

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PREZADOS LEITORES, BOM DIA!

“(...) Mas também é fora de questão que as UPPs não são uma panaceia. É ilusão imaginar que a instalação dessas unidades policiais permanentes por si só livrará a cidade do flagelo decorrente da ação do crime organizado. (...)”
(Nossa Opinião – Tráfico asfixiado – O Globo – 30 NOV 2010)

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

GUERRA DO RIO: MÁRIO SÉRGIO NO TOPO.

O GLOBO
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: ANALISANDO HIPÓTESES E AVALIANDO A DENOMINAÇÃO DAS UPPs.


Os dias seguem seu curso no Complexo do Alemão retomado e hoje começaram a surgir indícios de que a secretaria de segurança pública cometeu um erro primário no planejamento da super-hiper-mega operação, sobretudo considerando a experiência que deveria ter sido assimilada na implantação das Unidades de Polícia Pacificadora.
Tenho certeza que os nossos leitores habituais anteciparam o raciocínio é pensaram: o cerco falhou, novamente.
Sim, isso ocorreu na implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, todavia, tal evidência se fez presente logo na invasão da Vila Cruzeiro, uma via de fuga ficou evidente para o mundo. Hoje, o que começou a se apresentar foi um outro erro inadmissível, mas isso será tema para um próximo artigo, afinal, o tempo é o senhor da razão.
Agora vamos seguir pelo caminho dos nossos leitores e falar sobre o cerco, avaliar hipóteses, considerando o pequeno número de presos apresentados.
Eu sei, o tempo é o senhor da razão, não estarei concluindo, apenas avaliando possibilidades e para isso temos que estabelecer quais são os dados concretos que possuímos. No caso penso que temos que considerar como reais (ou próximos da realidade) os dados divulgados pelo governo e repetidos inúmeras vezes pelos seus representantes: o número de traficantes que existiriam na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, ou seja, seiscentos.
Esse dado concreto comparado com o número de presos divulgados até o presente momento, leva os afoitos a concluírem que a operação foi um fracasso absurdo, isso é uma precipitação.
O confronto dos dados revela que temos mais de 550 traficantes não presos.
Isso é fato se consideramos os dados do governo como confiáveis.
Escrevi não presos tendo em vista que destes mais de 550, alguns podem estar mortos e os corpos ainda não foram encontrados; os outros podem ter fugido ou continuam no próprio Complexo do Alemão e ficarão por lá, como aconteceu na implantação das UPPs.
É de domínio público que a venda de drogas continua nas comunidades com UPPs, como os próprios integrantes do governo já confirmaram em reportagens (Revista Veja - publicada no blog). Portanto, nem todos os traficantes fugiram das UPPs, alguns continuaram vendendo as drogas, realidade que deve se repetir no Complexo, onde o território é gigantesco comparado as UPPs.
O tempo vai passar e poderemos constatar quantos morreram na invasão, quantos foram presos, mas nunca conseguiremos descobrir quantos fugiram e quantos continuam no Alemão vendendo drogas. Não podemos descobrir esses números com relação a nenhuma das UPPs, infelizmente.
É muito cedo para avaliar a operação, mas os resultados irão surgindo aos poucos, isso é inevitável. As verdades surgirão. Como não foi possível evitar que as verdades sobre as UPPs fossem descobertas, dentre elas a promoção da transferência de traficantes. Hoje até a mídia e os especialistas falam sobre isso, mas ninguém pode negar que o nosso blog foi o pioneiro na divulgação das contra-indicações das UPPs.
Quem sabe não manteremos o pioneirismo com relação à Guerra do Rio?
Por derradeiro, uma pergunta:
- Você considera adequada a expressão "Unidade de Polícia Pacificadora" para designar o que o governo do Rio está implementando em comunidades carentes do Rio?
Avalie se nós podemos considerar como "pacificada" uma comunidade onde se vende drogas ilícitas; funciona o jogo dos bichos; funcionam os caça-níqueis; funcionam os transportes clandestinos; citando alguns exemplos.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PEC 300 - ATO NO QUARTEL GENERAL DA GUERRA DO RIO - VISITA DOS POLICIAIS MILITARES DE MINAS GERAIS.

Hoje tivemos uma feliz surpresa enquanto realizávamos o Ato pela Aprovação da PEC 300, a visita de Policiais Militares de Minas Gerais que estavam acompanhados de um parlamentar oriunda das fileiras da PMMG, o Cabo Júlio.
Agradecemos o apoio.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PEC 300 - ATO NO QUARTEL GENERAL DA GUERRA DO RIO - PROTESTO DE UM CIDADÃO.

No transcurso do nosso ato, um cidadão compareceu ao local com um cartaz no qual estava escrito o apoio aos heróis do Rio de Janeiro e a necessidade da aprovação da PEC 300.
Ele também não conseguiu ser filmado pela mídia.
Assistam o vídeo com o testemunho do cidadão fluminense e ao final a imagem de uma velha conhecida dos Policiais Militares das UPPs do Rio.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PEC 300 - ATO NO QUARTEL GENERAL DA GUERRA DO RIO.

Parte da mídia parece que ainda não soltou as amarras do período eleitoral.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

REDE GLOBO - REDE RECORD - AGRADECIMENTO.


Eu e alguns idealistas estamos realizando neste momento, uma manifestação ordeira e pacífica, ao lado do QG da Guerra do Rio (16o BPM), usando faixas e fazendo uma planfletagem (Carta dos Heróis do Rio ao Governador). Tivemos que mudar o local do ato, previsto para as proximidades do Hospital Estadual Getúlio Vargas, em face de não existir órgão de mídia "ao vivo" naquele local.
O ato transcorre normalmente, só não conseguimos que a mídia filme as nossas faixas ou os companheiros com camisas da PEC 300. Temos feito todo o possível, tentando infiltração como "papagaio de pirata" e colocando faixas nos mais diferentes locais, mas não está fácil.
Estou colocando um vídeo no youtube, para em seguida postar no blog, no qual o descrito ficará claro.
Em contrapartida, temos motivos para comemorar:
- Wagner Montes (TV Record) falou sobre nossos péssimos salários e da aprovação da PEC 300;
- Rodrigo Pimentel (TV Globo) cobrou a aprovação da PEC 300; e
- A torcida do Flamengo, mais uma vez, apoiou a nossa luta exibindo uma faixa, que acabou sendo filmada e apareceu no Globo Esporte.
A torcida do Fluminense deveria colocar uma faixa no Engenhão no domingo, apoiando a PEC 300.
A única associação do Rio que compareceu foi a Galeria de Heróis do CBMERJ, em compensação uma associação de Minas Gerais nos apoiou, postarei vídeo sobre o fato, oportunamente.
A nossa luta continuará no Rio e no Brasil.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

ESTÃO PUXANDO MINHA ORELHA.

Amigos e amigos andam mais preocupados comigo do que normalmente já ficam.
Dizem que estou ficando contra todos, diante da fabulosa aprovação da atual tática de segurança pública, glorificada pela mídia.
Eu entendo, prometo ter mais cuidado, afinal não quero preocupar, além do razoável, amizades construídas ao longo de anos e outras construídas recentemente.
Prometo!
Todavia, como sou teimoso, esclareço alguns pontos a todos neste espaço democrático.
1) Não estou fazendo análise precipitada da ação no Complexo do Alemão, aliás, tendo escrito que só o tempo nos permitirá uma avaliação mais correta. O que tenho feito é fornecer subsídios para que todos possam analisar. Publico opiniões pessoais e de outros, com o intuito de informar e tentar evitar que a parte da mídia que apoia o governo estadual incondicionalmente, forme a opinião pública que o governo quer. Sei que é uma luta perdida, o poder de uma TV é infinitamente maior que a diminuta força do nosso espaço democrático.
2) Lembro que o que assistimos nestes últimos dias já ocorreu, já conquistaram o Complexo e já perderam, portanto, o tempo é fundamental. A única diferença é a entrada das Forças Armadas e da Polícia Federal na luta. Inclusive, devemos perceber que o Exército Brasileiro está ocupando o Complexo do Alemão e continuará, segundo a mídia.
3) Na verdade, quem está se precipitando é quem está comemorando a vitória sobre o tráfico, não chegamos nem perto deste momento. Lembrem que a região atacada era dominada por uma facção, temos outras facções e, ainda temos as milícias. Não esqueçam que o Rio tem 1.000 comunidades carentes e que temos até agora 13 UPPs.
4) Eu já fui visto nesta mesma situação, contra todos, quando denunciei todas as contra-indicações das UPPs, as quais a mídia só passou a noticiar após as eleições. Não esqueçam que tudo o que está acontecendo se deveu a fuga dos traficantes das comunidades ocupadas por UPPs, segundo o próprio governo estadual, traficantes que não foram presos quando deviam ter sido pelo mesmo governo.
5) Nunca deixei de valorizar o lado positivo das UPPs, a sensação de segurança vivenciada pelas comunidades onde foram implantadas. Os artigos do blog estão no arquivo, basta procurar e ler.
6) Imaginem, meus amigos e minhas amigas, se os mesmos fenômenos resultantes das fugas dos traficantes das UPPs, se repetirem com relação a todos os traficantes que possam ter fugido da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão? O governo afirmava que existiam 600, foram presos 30. E aí? Para onde eles foram? O que faram amanhã, pois eles precisam comer? Só nos resta torcer para que prendam todos, antes que mais fuzis sejam colocados na nossa cara em cada rua do Rio.
Prometo! Vou ter cuidado.
Prometo! Vou continuar lutando, todos que conhecem um pouco sobre segurança pública no Rio sabem o que está acontecendo, mas que ainda está embaixo do tapete.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

EM PAZ COM A MÍDIA.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

COMPLEXO DO ALEMÃO, CENTRAL DO COMANDO VERMELHO, OCUPADO - CESAR MAIA.

EX-BLOG DO CESAR MAIA
"COMPLEXO DO ALEMÃO", CENTRAL DO "COMANDO VERMELHO", OCUPADO!
1. As comunidades ocupadas pelas UPPs na Zona Sul e Tijuca tinham seu tráfico de drogas controlado pelo "Comando Vermelho". Essas ocupações, como sempre enfatizou o secretário de segurança, são retomadas de território, liberação da população do jugo do narcovarejo, e não repressão ao tráfico de drogas. Por isso, sempre dizia, que cada ocupação ocorria sem se disparar um tiro.
2. Os chefetes do Comando Vermelho foram se abrigando no Complexo do Alemão. Falavam em 400 chefetes. Diziam que qualquer tentativa de ocupação iria produzir uma tragédia. Nada disso ocorreu. A ocupação se deu, com o peso da autoridade das forças armadas e policiais, com o mínimo de consequências para as circunstâncias.
3. A própria prudência das forças militares e policiais evitou aquela tragédia. Não houve surpresa. Houve a ocupação da Vila Cruzeiro ao lado. Que, pela sua geografia, é tarefa menos complexa e já se havia feito isso por duas vezes. A segunda, em 2008, com hasteamento de bandeira do Bope e tudo o mais. Os desdobramentos, agora, como fixar prazo para entrega dos narcotraficantes, fizeram parte dessa prudência em defesa da vida da população.
4. Os chefetes tiveram tempo e fugiram antes da ocupação final, levando suas armas. Se for verdade o que se alardeava, levando 400 fuzis/metralhadoras. Irão definir outra comunidade para concentrar seus chefetes. Provavelmente será na Baixada Fluminense. Importante que os setores de inteligência e investigação das polícias e das FFAAs identifiquem seus caminhos para que outro Complexo do Alemão -central desta facção- não venha a ser construído e não se tenha que começar tudo outra vez.
5. A Prefeitura do Rio tem um trabalho completo e detalhado das condições do Complexo do Alemão, feito em 2006. Atualizá-lo em base ao censo de 2010 é fundamental. Como o Complexo -e por isso o nome- são várias comunidades que sobem por partes e até bairros diferentes, pelo morro, a atualização desses dados é muito importante.
6. De outra forma, a ocupação exigirá quase 2 mil policiais, na escala das UPPs da Zona Sul e Tijuca. E isso gera uma concentração tão grande de efetivos que inibe a desejada expansão das UPPs em outras comunidades. Um redesenho do Complexo, dentro do conceito do favela-bairro, é básico para a sustentabilidade.
7. E nunca é demais insistir. Se for fato que o mini-terror dos arrastões e veículos incendiados veio como reação às UPPs e à saída das PMs da polícia de trânsito e ao afrouxamento do policiamento ostensivo estimulou, conforme mostram as estatísticas do ISP sobre crimes de rua e ameaças, estas e outras formas devem retornar em mais um tempo. Lembre-se do ocorrido em 2002, com ônibus incendiados, comércio fechado em vários bairros, etc. A polícia deu a resposta. Tais atos terminaram. Mas voltaram depois.
8. A sustentabilidade exige a coordenação da ocupação de comunidades com a 'ocupação' simultânea dos bairros, de forma a que a reação do narcovarejo nas ruas não pegue mais uma vez desprevenidas as autoridades.
CESAR MAIA
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: OPINIÕES.

FOLHA DE SÃO PAULO - OPINIÃO:
1) São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2010
FERNANDO DE BARROS E SILVA
Propaganda de guerra

SÃO PAULO - Já no início da madrugada de ontem, o "Jornal da Globo" procurava atualizar os números da guerra civil carioca: tantas pessoas mortas, tantos presos, pelo menos cinco carros queimados depois das oito da noite... O balanço do dia era devastador: escolas sem aula, comércio fechado, pessoas aflitas ou em pânico correndo para se refugiar em casa.
Veio então o intervalo comercial. E, com ele, a propaganda de uma empresa de blindagem de automóveis. Anunciava "proteção ao seu alcance", a partir de R$ 18.950, um precinho supostamente "popular" para os padrões do serviço.
Tratava-se de uma autêntica propaganda de guerra, do tipo "adapte seu carro aos novos tempos" de terror urbano. Não deixa de ser mais um capítulo, cruelmente irônico, de uma tradição brasileira: problemas públicos, soluções privadas.
Mas deixemos de lado a proteção fantasiosa do anúncio comercial. Há outra propaganda de guerra nas ruas. Ela parte do governo fluminense e ecoa em toda a mídia: a onda de violência e caos que tomou o Rio não passa de uma reação desordenada, um sintoma de desespero do tráfico, que começou a ser desarticulado e desalojado pelas UPPs.
Deve-se mesmo acreditar nisso?
O governador Sérgio Cabral é antes de tudo um grande marqueteiro. Diante de tudo o que estamos vendo, à luz das cenas de uma cidade conflagrada, é preciso no mínimo desconfiar do discurso do êxito da política de segurança. Sua conexão com a realidade parece bem tênue.
O uso de blindados da Marinha para ajudar a polícia a "subir o morro" certamente impressiona. Se alguém ainda hesitava em chamar isso de guerra, às favas com o pudor. A população, exausta ou aterrorizada, aprova tais operações militares.
Porém, no dia em que as Forças Armadas se envolverem no combate ao tráfico, serão inevitavelmente contaminadas por contaminadas por ele. Estaremos então mais próximos de um cenário colombiano de narcobarbárie ou de uma cidade, enfim, pacificada?
2) São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Os protagonistas no Rio são as milícias
CLAUDIO BEATO
Estamos assistindo ao fim de um período e ao provável ingresso em outro patamar, que exigirá instrumentos mais amplos que as UPPs
A interpretação oficial corrente sobre os eventos no Rio de Janeiro tem atribuído à reação dos traficantes às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) a explicação para o impressionante surto de violência.
Trata-se de argumento simplificador, que desconhece o complexo processo que vem se desenvolvendo ao longo de quase duas décadas e que agora ingressa em um novo patamar de organização da atividade criminosa.
Atividades criminosas têm-se estruturado seguindo uma lógica bastante similar nos grandes centros urbanos brasileiros. Iniciam-se com atividades de gangues de bairros em ambientes urbanos deteriorados e assolados por péssimas condições econômicas e sociais.
O aprisionamento desses membros cria um novo patamar de organização, que se estrutura inicialmente no interior das prisões, com formação de coalizões, tendo como objetivo inicial sua proteção e, posteriormente, associação para fins criminais. Essa é a origem de PCC (Primeiro Comando da Capital), Comando Vermelho, ADA (Amigos dos Amigos) ou Terceiro Comando.
Nesse estágio, inaugura-se também um período de intensa competição entre grupos, com uso maciço de armas de fogo e a introdução crescente de mecanismos de corrupção. O amplo domínio territorial desses grupos é a marca desta fase.
Este arranjo se desmorona e o que estamos assistindo são os estertores desse período.
Seus protagonistas encontram-se crescentemente acuados: de um lado, por estratégias do governo estadual que são bastante distintas do padrão vigente; por outro, temos emergência de grupos mais voltados para uma lógica empresarial e com padrões de eficiência criminal mais elevados.
Há uma expansão das atividades comerciais, que agora não se limitam apenas ao tráfico de drogas, mas se estendem a diversos outros tipos de atividades ilegais, tais como a venda informal de serviços e bens públicos por meio de "gatos", provisão de bens e serviços, como gás, transporte e segurança, e até mesmo exploração de prostituição.
No lugar do violência, a cooptação, o ingresso no mundo da política e a infiltração institucional. Os protagonistas centrais deste processo no Rio têm sido as milícias, para quem o espetáculo exuberante da etapa anterior não é mais funcional para os negócios.
Por sua vez, o Estado do Rio de Janeiro tem atuado firmemente em estratégias visando o restabelecimento da ordem, buscando a erradicação das armas de fogo e a retomada de territórios.
Estamos assistindo ao fim de um período e ao provável ingresso em outro patamar, que exigirá instrumentos e políticas mais amplos e profundos que a bandeira das UPPs. Estas, aliás, devem se multiplicar e deveriam ser parte de um projeto sistêmico e com perspectiva mais estratégica.
CLAUDIO BEATO é professor do Departamento de Sociologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e diretor do Crisp (Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública), da mesma universidade.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: CONTINUE JUNTANDO AS PEÇAS.

REVISTA VEJA
BLOG DO REINALDO AZEVEDO
28/11/2010 - às 18:28
O acordo, a ocupação pacífica do Complexo do Alemão e o futuro

Como vocês estão cansados de saber a esta altura, a polícia entrou no Complexo do Alemão praticamente sem resistência. Bandido é bandido, mas não é burro. Resistir ao aparato que reúne PM (Bope), PF e Forças Armadas seria suicídio coletivo. Muita droga foi apreendida. Não se sabe ao certo o número de presos até agora, mas não são muitos. Também é pequena a apreensão de armas, dado o arsenal já exibido pelos bandidos. A ocupação não rende um filme de ação, algo como Tropa de Elite 3. Acabou sendo chocha. Melhor assim em certo sentido. Do contrário, haveria muitas mortes: de bandidos, de militares e também de moradores. Depois de cantar o Hino Nacional, o Hino da Proclamação da República, o Hino à Bandeira e o Hino da Independência, a gente pode começar a pensar.
Esse desdobramento não é acidental. Desde o cerco ao complexo, as forças de segurança negociam com a bandidagem. O, como é mesmo?, “mediador social” (ou coisa assim) José Júnior, da ONG AfroReggae, foi uma das pessoas que fizeram o meio-de-campo. A “ocupação” só foi decidida depois de um acordo. Ficou estabelecido que as forças de segurança “invadiriam” a área sem resistência. Os bandidos ofereceram a passividade, e o Estado lhes deu o direito de tentar fugir. A região é gigantesca. Bem poucos trazem estampado no corpo a marca “sou bandido”, a exemplo de um tal Leandro Sedano, 20 anos. Ele mandou tatuar três vezes o nome de “Fernandinho Bera Mar” (sic) nos braços; numa das mãos, um folha de maconha; nas costas, a expressão “eu cheiro”. Ou seja: Leandro é um Zé Mané. O tráfico não confiaria a ele um papelote de cocaína para vender - ele cheiraria o pó… A polícia não tem o retrato de todos os traficantes, e ninguém pode ser preso se estiver em casa, assistindo ao confronto Corinthians X Fluminense…
É claro que era preciso ocupar o Complexo do Alemão — aliás, é preciso levar Estado a todas as favelas do Rio. No que concerne à entrada no morro propriamente, o certo é isso que se vem fazendo agora, não o que se vinha fazendo antes. Essa política é, sim, desdobramento da anterior (aquela que não prendia ninguém), mas pelo avesso. As conseqüências negativas da escolha anterior forçaram a ação de emergência — embora esperada há pelo menos 20 anos pelos trabalhadores, que são reféns do narcotráfico, e pelo conjunto dos cariocas, que não suportavam mais ter sua rotina abalada pelos traficantes. Pensando a coisa toda só por suas conseqüências, talvez se possa dizer que há males que vêm para bem — se vierem. O que quero dizer?
Feita a ocupação, é preciso fazer o trabalho de investigação para prender os traficantes, O QUE NÃO FOI FEITO ATÉ AGORA NAS 13 FAVELAS PACIFICADAS. Em 11 delas, o tráfico opera normalmente. Mudou a logística, mudou o comportamento dos traficantes, direitos mínimos são garantidos pela Polícia, mas o comércio do bagulho segue normalmente. Soldados do tráfico, tornados desnecessários nas favelas aonde chegaram as UPPs, haviam se deslocado para as favelas nas quais a polícia ainda não está presente.
Pedem que, nos meus textos, eu dê tempo ao tempo. Ora, claro que sim! Só estou chamando a atenção para uma evidência: caso se repita no Alemão o que aconteceu nas 13 favelas já “pacificadas”, o tráfico será “civilizado”, e quase ninguém será preso, com uma apreensão de armas pequena, dado o arsenal da bandidagem. E a isso não se pode chamar exatamente “combater” o tráfico.
Fala-se na apreensão de até 20 toneladas de maconha só no Alemão! É um troço fabuloso! Dado o andar anterior da carruagem, toda essa mercadoria logo seria posta para circular, financiando esse ramo da economia que, estima-se, emprega 16 mil pessoas só no Rio de Janeiro. Como se nota, estavam certos todos aqueles que se perguntavam indignados: “Mas por que a polícia e as Forças Armadas não sobem os morros e tomam as fortalezas do tráfico?” Pois é… Por quê? Que bom que o tenham feito agora!
Os próximos dias e meses dirão até onde se preparou um espetáculo para turistas — como turística era a política anterior. Sem investigação, prisões em massa e o devido processo legal, nada feito!
Por Reinaldo Azevedo
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

PREZADOS LEITORES, BOM DIA!

"O TAMBOR FAZ MUITO BARULHO,
MAS É VAZIO POR DENTRO"
(Barão de Itararé)

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 28 de novembro de 2010

GUERRA DO RIO: A VENDA DE DROGAS NAS UUPs.

A Revista Veja desta semana publica uma reportagem sobre a guerra que estamos vivenciando no Rio de Janeiro, com o título:
"A GUERRA COMEÇA A SER VENCIDA
AO RETOMAR O CONTROLE DE UMA DAS PRINCIPAIS TRINCHEIRAS DO TRÁFICO NO RJ, O ESTADO DÁ UM PASSO DECISIVO PARA VENCER A BANDIDAGEM QUE GANHOU PODER SOB A COMPLACÊNCIA DE POPULISTAS".
Um título muito sugestivo, você deve concordar.
Por favor, entre no túnel do tempo e volte para a Primeira Batalha do Alemão, ocorrida já no governo Sérgio Cabral (PMDB), sendo Beltrame o secretário de segurança, que aconteceu no ano de 2007, no primeiro semestre.
A distância entre a Primeira e a Segunda é de mais de três anos.
Leia o título de uma reportagem da Revista Veja do dia 04 JUL 2007:
"CRIME
A GUERRA NECESSÁRIA PARA A RECONSTRUÇÃO DO RIO
O RIO DE JANEIRO COMEÇA A VIRAR O JOGO NA MAIOR OPERAÇÃO DE COMBATE AO TRÁFICO JÁ REALIZADA NO PAÍS (leia)"
Caro leitor, compare os títulos.
Compare com calma.
Não seria mais do mesmo?
Um déjà vu?
Você reparou que a guerra COMEÇOU A SER VENCIDA de novo?
Outro aspecto interessante é esse pedaço do título da matéria da Veja desta semana:
"... PARA VENCER A BANDIDAGEM QUE GANHOU PODER SOB A COMPLACÊNCIA DE POPULISTAS".
Logo:
Sérgio Cabral é populista é um destes "populistas"!
Tomou no primeiro semestre de 2007, perdeu em seguida e só retomou no final de 2010, mais de três anos depois, portanto, "a bandidagem ganhou poder ao longo deste intervalo".
Por derradeiro, forneço um novo subsídio sobre a guerra do Rio extraído da reportagem desta semana, onde dois agentes do departamento de inteligência da polícia esclarecem vários aspectos da venda de drogas nas comunidades com UPPs, inclsuive que em 11 das 13 (devem ter considerado a do Morro dos Macacos como instalada), comunidades pacificadas o comércio de drogas praticamente não foi afetado".

Qual a sua opinião sobre o fato da alegada pacificação não interromper a venda de drogas?
Pense sobre isso e sobre os títulos de 2007 e 2010.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: VOCÊ ESTÁ SE SENTINDO UM HERÓI?

Prezado cidadão fluminense, você está se sentindo um herói após a tomada do Complexo do Alemão?
Um sentimento de que você faz parte desta vitória?
Você gostaria de ser do BOPE?
"Tropa de Elite, osso duro de roer, ..."
Pois é...
Eu iniciei um dos artigos recentes com o seguinte parágrafo:
"No Rio governo estadual vive uma fase extraordinária, não lembro de um governador que tenha obtido tanto apoio da mídia, algo que ficou mais evidente na campanha eleitoral através da glamurização das UPPs".
Ele reflete uma VERDADE, ninguém pode contestar.
Pegue esse apoio e some ao poder de formar opinião da mídia, pronto, você foi inserido como participante ativo da Segunda Batalha do Complexo do Alemão.
A mídia usa muito bem conceitos, expressões, palavras e imagens para formar opinião, usa os mesmos recursos que a propaganda utiliza para que você beba o refrigerante "A" ao invés do "B".
Você percebeu como a palavra "DESESPERADOS" tem sido empregada insistentemente.
Se a expressão usada fosse " COM MEDO", o efeito seria muito menor na nossa mente.
Também tem sido repetidas expressões como "apoio da população", "a população pediu", "era isso que a população queria" e semelhantes, que colocam você como parte integrante, o motivador e o provocador da ação.
Um pouco disso, um pouco daquilo, pronto, você está comprometido com a operação e com o sucesso dela.
Você foi transformado em um garoto propaganda.
Sabe quando você vai falar mal?
Não preciso responder.
Tal procedimento da mídia motivou a minha proposta de fornecer alguns subsídios para que você forme a sua opinião e não repita a opinão que querem que você defenda.
Nos próximos artigos fornecerei mais subsídios para a sua avalição sobre o que está acontecendo no Rio, inclusive os oficiais, afinal sonegá-los significaria que eu quero que você tenha a minha opinião, o que seria um erro enorme.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: NÚMEROS OFICIAIS.

SITE G1
Como escrevi é muito cedo para definir os resultados finais, pois muitas buscas ainda serão feitas no Complexo do Alemão, os números podem subir muito. Se isso não acontecer, os resultados em termos de apreensão poderão ser considerados muito ruins.
O número de 50 motos apreendidas deve estar subestimado, considerando o número destes veículos vistos nas imagens.
No tocante aos fuzis, o número ainda é pequeno considerando os números anunciados como existentes, além disso, temos que conhecer quais são os novos e em condições de uso, já que imagens apresentadas evidenciaram vários pedaços de fuzis e modelos superados.
leiam o artigo do G1:
"Polícia estima ter apreendido 40 t de maconha e detido 20 neste domingo (acesse)".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: OS HERÓIS FORAM ESQUECIDOS (NOVAMENTE).

A operação deste domingo no Complexo do Alemão poderá ser um grande sucesso, mas poderá ser o maior fracasso da história da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, o passar do tempo responderá está pergunta, portanto, nos resta torcer para que o futuro demonstre que foi uma grande vitória.
Independente do resultado futuro, os últimos dias ratificaram pela bilionéssima vez que o Rio de Janeiro tem heróis: os Policiais Militares, os Policiais Civis e os Bombeiros Militares.
Aos heróis do Rio se juntaram integrantes das Forças Armadas e da Polícia Federal, que também tiveram uma participação marcante.
Pena que na entrevista coletiva realizada na Secretaria de Segurança, no início da noite deste domingo, os representantes dos verdadeiros heróis não falaram. Aliás, nem sei se Mário Sérgio e o delegado Allan Turnowsky estavam presentes no local.
Falaram Beltrame e os representantes do Exército; da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Confesso, tenho dormido pouco, posso ter deixado escapar algum pedaço da entrevista coletiva pelo cansaço, o secretário me dá sono, assim sendo, solicito que me corrijam se estiver errado.
É extremamente triste ser a não valorização dos heróis do Rio.
Amanhã, dia 29 NOV 2010, vamos homenagear os Bombeiros Militares, os Policiais Civis e os Policiais Militares, protestando contra os salários miseráveis que eles recebem, em frente ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, a partir das 14:00 horas.
É a luta pela aprovação da PEC 300.
Una-se a nós.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

NOSSO BLOG: A VOZ DOS LEITORES.

COMENTÁRIOS POSTADOS:
1) Vai procurar o que fazer. O momento é único e sinceramente, se você um dia já foi para rua, não são leis que irão travar o nosso trabalho. Maldita hora que fui entrar nessa internet para ver as merdas que estão falando sobre as operações. Por favor..coloque a mão na consciência e aproveita para valorizar o trabalho dos verdadeiros policiais militares. Continue na briga do aumento, vê se faz alguma cosia que presta.
Anônimo
2) Será uma boa mesmo se fizerem uma manisfestação no Morro do Alemão pela PEC 300. Essa é a hora de mostrar a miséria que nós recebemos para sustentar uma família e para sobreviver. Sou de Rôndonia e por isso é difícil estar presente, mas estou na torcida pois é uma manifestação justa para nós da segurança pública.
Anônimo
3) Em São Paulo, as coisas são bem diferentes do Rio de Janeiro. Até algumas denúncias de corrupção no governo, só são divulgadas por lá. As do RIO DE JANEIRO!
Anônimo
4) Vândalos merecem apenas alguns dias de cadeia, trabalhando para o Estado e para cobrir os prejuízos causados pelo vandalismo, é claro; assim concordo com o comentário acima. Entretanto, vândalo que porta armas, inclusive de guerra, não é tão coitadinho assim e deve ser responsabilizado na medida de sua grande ameaça ao Estado Democrático de Direito, independente das causas filosóficas de sua adesão ao crime. Nenhum pobre que trabalha e sofre neste país, tampouco a classe média tem culpa dos problemas deles, e a desgraça vale para todos, não sendo justificativa para o crime. Que reúnam-se em armas para tomar o congresso e exigir mudanças na sacanagem lá de cima ao invés de fazê-lo para unir-se a sacanagem também. Possuem saúde para trabalhar e inteligência para discernir que dinheiro fácil, andar de moto roubada e bancar as mina é mais gostoso e rápido que acordar cedo e andar de busão. Apesar do poético "morrem todo dia", antes de efetivamente consegui-lo, arrastam no asfalto os inocentes Joões Pedro e destroem o patrimônio e a saúde dos outros.
Anônimo
5) É evidente que os responsáveis pela criminalidade visível devem ser presos pela PM, pois sofrem as classes média e pobre e é o que o policiamento ostensivo pode fazer. Mas a mídia não comenta nem cobra dos verdadeiros responsáveis por grande parte do problema, legislativo, judiciário e autoridades do executivo. Um dos fulaninhos presos tinha 15 passagens pela polícia, dentre as quais por roubo e homicídio. Isso significa que a PM já tinha feito o seu dever de casa mas, devido a verdadeiros criminosos irresponsáveis, o cara estava solto por ter fugido após um indulto qualquer. Com tantos crimes cometidos era de se esperar que a polícia judiciária estivesse trabalhando nos inquéritos anteriores e não na pista disputando lugar com o policiamento ostensivo; que o judiciário já tivesse condenado irrecorrivelmente tal sujeito; que o legislativo já tivesse produzido os instrumentos necessários a alijar da sociedade o fulaninho e, finalmente, que o executivo construísse as cadeias suficientes ao invés de jogar pra plateia.
Anônimo
6) Se depender da "Rede faz o povo de bobo", não mostrarão nunca. Afinal, ela está mais preocupada em "consertar" um estelionato eleitoral, e transformá-lo em vitória "TABAJARA". Todos os problemas de tráfico e crime no Rio acabaram (novamente). E em herói nacional, aquele que TRAIÇOEIRA e COVARDEMENTE, tenta sabotar em Brasília, um direito legítimo dos Policiais e Bombeiros do RJ.
Anônimo
7) Os únicos que merecem ser PARABENIZADOS, são os POLICIAIS e os homens das FORÇAS FEDERAIS, que estão arriscando suas vidas para consertar a LAMBANÇA ALHEIA. Não estamos torcendo pelo fracasso de nada e de ninguém, ao contrário. Estão sendo apontados os equívocos e alguns fatos "mal explicados" na atual política de segurança, que, aliás, são inúmeros. Agora, transformar enganadores em heróis, mais uma vez, ninguém aguenta.
AS ELEIÇÕES JÁ ACABARAM !
Anônimo
8) Situação difícil(ou impossível) de ser explicada, exceto estivéssemos sob "estado de defesa" ou "estado de sítio", também previstos na carta magna. Por oportuno, pergunta-se: aquela instalação onde se desfraldaram bandeiras do Brasil e da Polícia Civil no alto do morro foi construída pelos traficantes, por acaso? Ué? Se não, qual o fato "inédito" ali?
Alexandre, The Great
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: RESULTADOS - AVALIAÇÃO PRELIMINAR.

No Rio governo estadual vive uma fase extraordinária, não lembro de um governador que tenha obtido tanto apoio da mídia, algo que ficou mais evidente na campanha eleitoral através da glamurização das UPPs.
Faço este preâmbulo para comentar uma pergunta recorrente que tenho recebido:
- Coronel Paúl, a tomada do Complexo do Alemão foi um sucesso ou um fracasso?
Preliminarmente, respondo que precisamos que os dias se sucedam para que os resultados sejam avaliados com a devida extensão, toda avaliação, neste momento, é completamente precipitada.
Escrito isso, tenho a obrigação de pelo menos registrar uma vitória importantíssima, a mais importante, o número de vítimas foi muito pequeno.
Os fatos que provocaram esse resultado ainda são ainda desconhecidos e me reservo o direito de discordar do comentarista da Rede Globo, que várias vezes citou o uso dos blindados como a causa da redução com relação à Primeira Batalha do Alemão (2007). Esqueceu o comentarista que o elevado número de mortes em 2007, ocorreu do lado dos criminosos e, talvez, dos inocentes, portanto, o fato da tropa estar melhor protegida não interfere nesta redução de forma decisiva, embora possa ter diminuído a disposição dos traficantes de confrontarem, o que pode significar um fator para a redução, mais não determinante, diante da diferença enorme, pois em 2007 foram dezenas de mortos.
Prefiro não avaliar como "ocupação", a tomada do Complexo, pois tomada já ocorreu no governo Sérgio Cabral e o controle voltou para os traficantes. O que determina que devemos aguardar no que se transformará a tomada realizada neste domingo, apesar de simbolicamente as bandeiras do Brasil e do Rio terem sido hasteadas.
Certamente, a população começará a semana com mais segurança, ninguém pode negar este ponto positivo.
Avançando nos resultados divulgados até o momento, podem ser considerados sofríveis, sobretudo se considerarmos os elevadíssimos gastos do dinheiro público na operação.
No conjunto de armas apreendidas e exibidas pela mídia, observamos vários pedaços de armas e várias armas muito velhas, provavelmente, inservíveis. No tocante aos fuzis, li que foram apreendidos 20 deles, o que será um enorme fracasso se tal número não subir significativamente, pois não podemos esquecer que o governo afirmou que existem (existiam) 600 traficantes no Complexo.
Avaliando as drogas apreendidas e exibidas, o resultado foi bom, mas a quantidade deve ser também avaliada sob a ótica de que o governo defende que o Complexo é o entreposto (depósito) da facção, portanto, a quantidade deveria ser fabulosa.
Li que foram apreendidas 13 toneladas de maconha, mas ainda não conheci a quantidade de cocaína ou de outras drogas ilícitas.
E, não custa lembrar que nem todo pó branco é cocaína.
O único fracasso que já parece concretizado é o reduzidíssimo número de presos.
O tempo é o senhor da razão, sugiro que sigamos esse ditado.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

A LUTA PELA PEC 300 AO LADO DO QG DA SEGUNDA BATALHA DO ALEMÃO.


JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO - UMA ANÁLISE A SER CONSIDERADA.

A Guerra do Rio – A farsa e a geopolítica do crime
José Cláudio Souza Alves
Seropédica, 25/11/2010
José Cláudio de Souza Alves é sociólogo, com doutorado na USP, professor da Universidade Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, autor do livro "Dos Barões ao Extermínio – Uma História da Violência na Baixada Fluminense"
Nós que sabemos que o “inimigo é outro”, na expressão padilhesca, não podemos acreditar na farsa que a mídia e a estrutura de poder dominante no Rio querem nos empurrar.
Achar que as várias operações criminosas que vem se abatendo sobre a Região Metropolitana nos últimos dias, fazem parte de uma guerra entre o bem, representado pelas forças publicas de segurança, e o mal, personificado pelos traficantes, é ignorar que nem mesmo a ficção do Tropa de Elite 2 consegue sustentar tal versão.
O processo de reconfiguração da geopolítica do crime no Rio de Janeiro vem ocorrendo nos últimos 5 anos.
De um lado Milícias, aliadas a uma das facções criminosas, do outro a facção criminosa que agora reage à perda da hegemonia.
Exemplifico. Em Vigário Geral a polícia sempre atuou matando membros de uma facção criminosa e, assim, favorecendo a invasão da facção rival de Parada de Lucas. Há 4 anos, o mesmo processo se deu. Unificadas, as duas favelas se pacificaram pela ausência de disputas. Posteriormente, o líder da facção hegemônica foi assassinado pela Milícia. Hoje, a Milícia aluga as duas favelas para a facção criminosa hegemônica.
Processos semelhantes a estes foram ocorrendo em várias favelas. Sabemos que as milícias não interromperam o tráfico de drogas, apenas o incluíram na listas dos seus negócios juntamente com gato net, transporte clandestino, distribuição de terras, venda de bujões de gás, venda de voto e venda de “segurança”.
Sabemos igualmente que as UPPs não terminaram com o tráfico e sim com os conflitos. O tráfico passa a ser operado por outros grupos: milicianos, facção hegemônica ou mesmo a facção que agora tenta impedir sua derrocada, dependendo dos acordos.
Estes acordos passam por miríades de variáveis: grupos políticos hegemônicos na comunidade, acordos com associações de moradores, voto, montante de dinheiro destinado ao aparado que ocupa militarmente, etc.
Assim, ao invés de imitarmos a população estadunidense que deu apoio às tropas que invadiram o Iraque contra o inimigo Sadan Husein, e depois, viu a farsa da inexistência de nenhum dos motivos que levaram Bush a fazer tal atrocidade, devemos nos perguntar: qual é a verdadeira guerra que está ocorrendo?
Ela é simplesmente uma guerra pela hegemonia no cenário geopolítico do crime na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
As ações ocorrem no eixo ferroviário Central do Brasil e Leopoldina, expressão da compressão de uma das facções criminosas para fora da Zona Sul, que vem sendo saneada, ao menos na imagem, para as Olimpíadas.
Justificar massacres, como o de 2007, nas vésperas dos Jogos Pan Americanos, no complexo do Alemão, no qual ficou comprovada, pelo laudo da equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, a existência de várias execuções sumárias é apenas uma cortina de fumaça que nos faz sustentar uma guerra ao terror em nome de um terror maior ainda, porque oculto e hegemônico.
Ônibus e carros queimados, com pouquíssimas vítimas, são expressões simbólicas do desagrado da facção que perde sua hegemonia buscando um novo acordo, que permita sua sobrevivência, afinal, eles não querem destruir a relação com o mercado que o sustenta.
A farsa da operação de guerra e seus inevitáveis mortos, muitos dos quais sem qualquer envolvimento com os blocos que disputam a hegemonia do crime no tabuleiro geopolítico do Grande Rio, serve apenas para nos fazer acreditar que ausência de conflitos é igual à paz e ausência de crime, sem perceber que a hegemonização do crime pela aliança de grupos criminosos, muitos diretamente envolvidos com o aparato policial, como a CPI das Milícias provou, perpetua nossa eterna desgraça: a de acreditar que o mal são os outros.
Deixamos de fazer assim as velhas e relevantes perguntas: qual é a atual política de segurança do Rio de Janeiro que convive com milicianos, facções criminosas hegemônicas e área pacificadas que permanecem operando o crime? Quem são os nomes por trás de toda esta cortina de fumaça, que faturam alto com bilhões gerados pelo tráfico, roubo, outras formas de crime, controles milicianos de áreas, venda de votos e pacificações para as Olimpíadas? Quem está por trás da produção midiática, suportando as tropas da execução sumária de pobres em favelas distantes da Zona Sul? Até quando seremos tratados como estadunidenses suportando a tropa do bem na farsa de uma guerra, na qual já estamos há tanto tempo, que nos faz esquecer que ela tem outra finalidade e não a hegemonia no controle do mercado do crime no Rio de Janeiro?
Mas não se preocupem, quando restar o Iraque arrasado sempre surgirá o mercado financeiro, as empreiteiras e os grupos imobiliários a vender condomínios seguros nos Portos Maravilha da cidade.
Sempre sobrará a massa arrebanhada pela lógica da guerra ao terror, reduzida a baixos níveis de escolaridade e de renda que, somadas à classe média em desespero, elegerão seus algozes e o aplaudirão no desfile de 7 de setembro, quando o caveirão e o Bope passarem.
COMENTO:
Uma opinião que deve ser analisada com atenção.
Faça uma breve incursão no blog "Banda Podre: A Máfia das Polícias (leia), você poderá encontrar alguns temas (links) interessantes, para continuar juntando as suas peças.
As conclusões devem ser suas e não da mídia.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

TRÁFICO CONTINUA EM PELO MENOS 11 DAS FAVELAS COM UPPs.

REVISTA VEJA
BLOG DO REINALDO AZEVEDO:
28/11/2010
O tráfico continua em 11 das 13 favelas pacificadas.

"...As UPPs seguiram o modelo da Colômbia, mas guardam uma diferença em relação a ele. Nas cidades daquele país, os quartéis-generais dos chefões do tráfico foram tomados logo nas primeiras operações, a partir de 2002, e os criminosos acabaram presos. No Rio, as principais trincheiras dos facínoras ficaram intocadas, enquanto o estado empreendia a ocupação de favelas menores e periféricas no mercado de entorpecentes. Com isso, os chefões seguiram fazendo negócios - agora auxiliados pelos bandidos das favelas tomadas que se refugiaram em seus domínios. Para se ter uma idéia, só no ultimo ano, o número de criminosos alojados no Complexo do Alemão triplicou.
Essa cambada perdeu o território, mas contínua a comandar o tráfico em seus antigos domínios. O comércio passou a ser mais velado e, quem sabe, um pouco menos lucrativo. Carregamentos de entorpecentes, que antes desembarcavam nos morros em enormes lotes à luz do dia, passaram a ingressar nas favelas ocupadas por UPPs por um exército de formigas, que transporta a droga aos poucos. Afirmam a VEJA dois agentes do departamento de inteligência da polícia: “Sabemos que, em onze das treze favelas pacificadas, o comércio de drogas praticamente não foi afetado”. É uma razão para explicar a falta de resistência às investidas da polícia: as ações oficiais não haviam atingido um reduto verdadeiramente lucrativo para o tráfico. Nesse sentido, a tomada de Vila Cruzeiro, do Complexo do Alemão e, posteriormente, do Vidigal e da Rocinha dará uma visão mais realista acerca da eficiência das UPPs".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

GUERRA DO RIO: PEC 300 - ENQUETE - ATO - AMANHÃ.

Jornal O Povo do Rio (foto)
NOSSA ENQUETE - RESULTADO.
É hora de aproveitarmos que o mundo todo está de olho no Complexo do Alemão para levarmos as nossas faixas da luta pela PEC 300 e colocá-las na região, para que o mundo saiba os salários miseráveis que nós recebemos para arriscarmos a vida?

SIM - 92%.

NÃO - 8%.

Em consequência, Bombeiros e Policiares Militares programaram um ATO PELA APROVAÇÃO DA PEC 300 NA SEGUNDA BATALHA DO ALEMÃO.
Policiais Militares, Bombeiros Militares e Policiais Civis demonstraram, novamente, que são HERÓIS, portanto, não existe qualquer justificativa para que continuem recebendo cerca de R$ 30,00 por dia, para arriscarem a própria vida.
Basta de salários miseráveis, o Rio é o SEGUNDO estado em ARRECADAÇÃO no Brasil, nada justifica que o governo nos pague esse salário de fome.
O ato será amanhã, 29 NOV 2010, às 14:00 horas, em frente ao Hospital Getúlio Vargas, no bairro da Penha, Zona Norte.
É hora de aproveitarmos que o Brasil e o mundo estão de olho no Complexo do Alemão para apresentarmos as nossas faixas da luta pela PEC 300.
Todos estão convidados, sobretudo a população do Rio de Janeiro.
Hoje estivemos em frente ao 16o BPM, base da operação, onde colocamos uma faixa da nossa luta. Apenas a TV Record filmou a faixa, embora órgãos da mídia estivessem maciçamente no local.
Postarei um vídeo sobre essa ação precursora.
Divulguem e compareçam.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR EXTERNO